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- Categoria: Carreira Farmacêutica
- By fabio
Dez anos depois de o genoma humano ter sido mapeado, a genética continua a ser a área que desperta mais interesse na investigação científica, embora a tradução das recentes descobertas em tratamentos médicos tenha sido lenta.
Um estudo da "Science Watch", da Thomson Reuters, verificou que sete dos 13 principais investigadores de 2010 trabalham nesta área, sendo que Eric Lander, do Broad Institute of Harvard e do Massachusetts Institute of Technology (MIT), foi considerado o investigador mais popular do mundo. O trabalho deste biólogo engloba o mapeamento genético e doenças como o cancro do pulmão.
Este estudo anual, analisa investigações de várias áreas científicas e recorre à base de dados do site Web of Science para verificar quais os artigos publicados nos últimos dois anos mais citados por outros cientistas.
Primeiro fármaco derivado da investigação genética
Uma década após a publicação da primeira sequência completa do genoma humano, as expectativas iniciais de um avanço rápido no combate a algumas doenças mostraram-se defraudadas. Contudo, o interesse nesta área não diminuiu e os cientistas continuam empenhados em utilizar o "tsunami" de informações derivadas da genómica para alcançarem aplicações práticas.
Já foram dados passos nesse sentido, visto que esta semana foi aprovado para comercialização, nos EUA, o primeiro fármaco derivado de estudos genómicos. Trata-se do Benlysta, um medicamento para aliviar as crises e as dores causadas pelo lúpus, uma doença potencialmente fatal em que o organismo ataca os próprios tecidos e órgãos.
A farmacêutica que desenvolveu o medicamento demorou 15 anos a fazê-lo. No entanto, de acordo com os especialistas, o Benlysta só funcionou em 35 por cento dos doentes norte-americanos testados e não teve eficácia na forma mais letal da doença, pelo que só foi aprovado para o tratamento do lúpus eritematoso sistémico, a forma mais comum da doença.