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- Categoria: Eventos Farmacêuticos
- By Fábio Reis
Evento virtual "Farmácia na Era da Disrupção"
Ainda dá tempo de fazer inscrição para o evento virtual "Farmácia na Era da Disrupção", promovido pelo Conselho Federal de Farmácia (CFF). Totalmente on-line, o evento será transmitido ao vivo entre os dias 2 e 4 de dezembro de 2020, no período da noite.
O evento busca identificar e avaliar as grandes forças transformadoras (científicas, tecnológicas, sociais e econômicas) que estão redefinindo o setor saúde e seus impactos sobre a profissão farmacêutica, permitir o compartilhamento multidisciplinar de conhecimentos e percepções sobre o futuro dos serviços de saúde e seus possíveis impactos sobre a profissão farmacêutica, permitir a identificação de riscos e oportunidades para a profissão farmacêutica frente às transformações científicas, tecnológicas, sociais e econômicas em curso e conhecer experiências de farmacêuticos engajados no processo de transformação digital e refletir sobre as bases necessárias aos agentes de mudança no contexto da transformação digital, no que se refere à segurança de dados, soft skills e importância da sincronização dos pilares estratégia, processos, pessoas para entrega da proposta de valor.
Farmacêuticos, acadêmicos e demais profissionais poderão fazer a inscrição através do site www.farmaciadigital.cff.org.br
Sobre o evento
O mundo se encontra em um processo de mudança acelerada em todos os setores. Desde os setores mais tradicionais até os mais tecnologicamente avançados se encontram pressionados por mudanças sísmicas nas formas e processo de trabalho, mudanças paradigmáticas na concepção de produtos e serviços e em um cenário altamente mutável em termos sociais, econômicos, ambientais e regulatórios. A profissão farmacêutica, como muitas outras na área da saúde, sofre as consequências desses abalos sísmicos no ambiente e tem reagido de forma a incorporar as transformações em curso aos seus processos profissionais. Entretanto, a aceleração dessas transformações exige respostas mais efetivas e eficientes de todas as áreas da profissão para que se realize também a transformação profissional.
A atividade profissional exercida por farmacêuticos, no Brasil, está sob a jurisdição do Conselho Federal de Farmácia (CFF), autarquia pública, que regulamenta e disciplina o seu exercício, com base na Lei 3.820/ 1960. A instância máxima do CFF é o seu Plenário, instituído pela Lei 9.120/1995. Tem a incumbência, entre outras, de zelar pela saúde pública, promovendo a assistência farmacêutica, de julgar os processos em grau de recurso e votar as propostas de resolução que disciplinam as atividades farmacêuticas. O número total de farmacêuticos inscritos nos conselhos regionais de Farmácia é de 234.084, sendo composto, na sua maioria, por mulheres.
O Brasil possui 637 cursos de graduação em Farmácia e a distribuição dos responsáveis técnicos pelos serviços está apresentada no quadro a seguir:
Farmácias/drogarias privadas 89.175
Farmácias com manipulação e homeopatia(*) 8.414
Farmácias hospitalares 6.994
Farmácias públicas 10.784
Laboratórios de análises clínicas 9.628
Indústrias farmacêuticas 468
Distribuidoras de medicamentos 4.508
Importadoras de medicamentos 64
(*) Já estão incluídos no total de farmácias e drogarias privadas. Dados: Preliminares 2020 A Classificação Brasileira de Ocupações (CBO) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) contempla as oito principais áreas profissionais para a Farmácia: farmacêutico, farmacêutico analista clínico; farmacêutico de alimentos; farmacêutico em práticas integrativas e complementares; farmacêutico em saúde pública; farmacêutico industrial; farmacêutico toxicologista; e farmacêutico hospitalar e clínico. Para cada ocupação, mais de cem títulos sinônimos podem ser identificados no link:
De acordo com a descrição sumária da CBO, o farmacêutico realiza ações específicas de dispensação de medicamentos e de outros produtos para a saúde, e atua na produção em escala magistral e industrial. Também realiza ações de desenvolvimento, controle de qualidade, gerenciando o armazenamento, distribuição e transporte desses produtos. Pode coordenar políticas de assistência farmacêutica e atua na regulação e fiscalização de estabelecimentos, produtos e serviços farmacêuticos.
Realiza análises clínicas, toxicológicas, físico-químicas, biológicas, microbiológicas e bromatológicas. Pesquisa os efeitos de medicamentos e outras substâncias sobre órgãos, tecidos e funções vitais dos seres humanos e dos animais. Atualmente, mais de 130 especialidades farmacêuticas são reconhecidas pelo CFF. Nos últimos anos tem sido incansável a luta pelo reposicionamento profissional do farmacêutico como profissional da saúde. O movimento clínico, busca atender um vazio assistencial relacionado à otimização terapêutica, ou seja, a garantir a máxima efetividade do tratamento com menor risco. A expansão das atividades clínicas do farmacêutico ocorreu, em parte, como resposta ao fenômeno da transição demográfica e epidemiológica observado na sociedade, a complexidade dos regimes terapêuticos, a crescente morbimortalidade relacionada aos medicamentos e sua repercussão nos sistemas de saúde.
Essas mudanças têm exigido um novo perfil do farmacêutico. Nesse contexto, o farmacêutico contemporâneo atua no cuidado direto ao paciente, promove o uso racional de medicamentos e de outras tecnologias em saúde. Desde 2013, o CFF regulamentou as atribuições clínicas dos farmacêuticos e participou ativamente no movimento que culminou com a sanção da Lei n. 13.021/2014. No cenário nacional, as estratégias governamentais de incorporação da tecnologia da informação à saúde (Saúde Digital) têm mostrado resultados importantes, mas que requerem a colaboração ativa dos farmacêuticos na definição de padrões, conteúdos e processos para o uso, o intercâmbio e a incorporação da informação. Nesse sentido, a existência de dicionários de produtos, padrões para a troca de mensagens para prescrição, dispensação e logística de medicamentos, por exemplo, revela-se de importância crucial para o bem-estar e a saúde das pessoas.
Assim, a incorporação da profissão farmacêutica brasileira aos movimentos de transformação tecnológica é uma necessidade inadiável e o CFF, ciente de sua importância na articulação e sustentação dessas atividades, iniciou um processo de aproximação com as entidades representativas do setor, instituindo um grupo de trabalho com representantes das seguintes entidades: Instituto Nacional de Tecnologia.
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Ministério da Saúde, Sociedade Brasileira de Informática em Saúde (SBIS), Integrating Healthcare Enterprise – Brasil, Hospital Sírio-Libanês, Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). A primeira reunião do grupo ocorreu em 29 de maio de 2019 e os principais temas debatidos pelo grupo forma os processos de transformação digital, políticas de e-Saúde e regulação sanitária digital. Os integrantes participaram ativamente durante a pandemia do monitoramento e elaboração de propostas para o debate e regulamentação da receita digital no país, alguns integrantes apoiaram o desenvolvimento do site validador de documentos digitais na área da sáude https://assinaturadigital.iti.gov.br/ e a elaboração das minutas de Resolução/CFF sobre teleconsulta farmacêutica e a que trata da recepção de receituário e dispensação de medicamentos e outros produtos para a saúde, prescritos por meio eletrônico.
Este evento é uma das ações planejadas durante esse processo e possui os seguintes objetivos:
● identificar e avaliar as grandes forças transformadoras (científicas, tecnológicas, sociais e econômicas) que estão redefinindo o setor saúde e seus impactos sobre a profissão farmacêutica;
● permitir o compartilhamento multidisciplinar de conhecimentos e percepções sobre o futuro dos serviços de saúde e seus possíveis impactos sobre a profissão farmacêutica;
● permitir a identificação de riscos e oportunidades para a profissão farmacêutica frente às transformações científicas, tecnológicas, sociais e econômicas em curso;
● conhecer experiências de farmacêuticos engajados no processo de transformação digital;
● refletir sobre as bases necessárias aos agentes de mudança no contexto da transformação digital, no que se refere à segurança de dados, soft skills e importância da sincronização dos pilares estratégia, processos, pessoas para entrega da proposta de valor.
Comissão organizadora
Amanda Caroline Carvalho Lima
Eugênio Rodrigo Zimmer Neves
Israel de Souza França
José Fernando Pereira Júnior
Josélia Cintya Quintão Pena Frade
Luiz Gustavo de Freitas Pires
Roberto Canquerini da Silva
Maria Aparecida Zardini
Maria Isabel Lopes