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- Categoria: Mercado Farmacêutico
- By fabio
Álcool Gel tem queda de vendas nas farmácias
A venda de ácool em gel disparou com a chegada da Gripe A H1N1
Apesar do medo de contrair o vírus da gripe A/H1N1, as pessoas parecem ter esquecido de um dos métodos mais simples de prevenir a doença: a higienização das mãos. Ao espirrar, por exemplo, a pessoa infectada pode levar a mão ao nariz e, em seguida, numa superfície sólida como maçaneta, balaústre de onibus, torneira, etc. Mas essa é apenas uma das maneiras de transmitir o vírus. A observação é de farmacêuticos e atendentes de redes de farmácias que registraram queda significativa na venda de álcool gel, desde o final do inverno do ano passado. A expectativa é que sejam retomadas as vendas do produto, mas provavelmente não deverão ser na mesma proporção do inverno anterior.
O gerente comercial de uma rede de farmácias, Daniel Caramanti, diz que, passada a onda da gripe suína, as pessoas parecem ter esquecido desse método preventivo. Durante o pico das divulgações e casos da doença, as 54 filiais da rede de farmácias no Estado de São Paulo(22 delas em Sorocaba), não davam conta da demanda. Hoje o nosso estoque está normalizado e existe até excesso do produto, observou. A loja de uma outra rede, em que trabalha o gerente João Maria de Proença, por exemplo, vendia em torno de 150 tubos por dia. Atualmente, a venda caiu de dois a três tubos por mês. Uma queda fenomenal.
Os frascos de 70 a 100 gramas custam, em média, R$ 5 e não houve alteração no preço. Proença contou que a procura era grande por parte de condutores de vans escolares. Na farmácia em que atua, o álcool gel fica em local visível para lembrar de sua importância na higienização das mãos. Caramanti acredita que não houve conscientização da necessidade de assepsia na prevenção não apenas da gripe A, mas de outras doenças: Setenta por cento das doenças são infectadas pelas mãos. O farmacêutico Edson Fernando Silva Vasconcelos salienta que o álcool 70% é o bactericida mais eficiente.
No inverno, as vendas do produto podem aumentar, mas não de forma significativa, pois existem mais medidas profiláticas como a vacina, destacou o farmacêutico Vasconcelos. Mas a procura deve partir de pessoas conscientes dos riscos e daquelas preocupadas com a proximidade da estação mais fria do ano, responsável pela disseminação e agravamento de doenças como a pneumonia, contraída também por via aérea. O risco da pneumonia é ainda maior que da gripe suína, destaca.
Medidas de higiene
As medidas de higiene e orientações em caso de suspeita de gripe divulgadas pelo Ministério da Saúde são as seguintes: lavar as mãos com freqüência e sempre que tossir ou espirrar utilizar lenço descartável para higiene nasal; cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir; evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca; e se surgirem sintomas de gripe (principalmente febre, tosse, dor de cabeça e no corpo), procurar o médico mais próximo e não tomar medicamento por conta própria.
Fonte: Notícia publicada na edição de 29/03/2010 do Jornal Cruzeiro do Sul, na página 5 do caderno A.