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- Categoria: Mercado Farmacêutico
- By Fábio Reis
Empresa brasileira recebe licença para cultivo e produção de Cannabis no Paraguai
A GFB será a primeira companhia do país a possuir toda a cadeia verticalizada da Cannabis, na qual contará com operações desde o cultivo e extração até a distribuição
O mercado brasileiro acaba de dar um passo importante para o acesso aos medicamentos derivados da Cannabis. A GFB, empresa de iniciativa nacional, recebeu licença para cultivar, produzir e exportar produtos da matéria extraída da planta, no Paraguai. Trata-se da única empresa do Brasil a receber a liberação, e que atuará especificamente com foco nos pacientes brasileiros.
O diferencial dessa conquista da GFB é o impacto no preço final do produto comercializado no país. "A escolha do Paraguai é estratégica, uma vez que, dentre os fatores que somam no custo de produção, aproximadamente 50% do valor agregado ao produto é a energia elétrica e o local possui um dos, se não o, menor custo por kWh do mundo (USD 0.04). Além disso, seu sistema tributário é o mais baixo da América e figura entre os mais baixos mundialmente, sendo esses apenas dois dos principais fatores influenciadores no valor final", explica o fundador da GFB, Daniel Rodrigues.
A economia brasileira deve ser bastante impactada pela liberação da importação, fabricação e comercialização de produtos derivados da Cannabis, realizada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), em dezembro de 2019. "Estima-se que, considerando apenas seis das principais doenças a serem exploradas, 10 milhões de brasileiros podem ser beneficiados pelos medicamentos à base de Cannabis. Atualmente, menos de 1% desses pacientes tem acesso ou faz uso", ressalta Rodrigues.
A expectativa da GFB é que os produtos estejam disponíveis para o paciente ainda em 2020 por meio de uma parceria que os dará acesso ao extrato e, posteriormente, ao concluírem a construção de suas instalações no Paraguai, ingressarão com o produto provido de sua própria matéria-prima. A empresa pretende investir US$ 5 milhões para a primeira fase da operação de cultivo no Paraguai, referente a um hectare (10 mil m²), e um total de US$25 milhões no segundo momento com cinco hectares (50 mil m²) de plantação.
"O nosso foco é oferecer não só um produto de qualidade, mas, por possuirmos todo o processo de maneira verticalizada, garantir principalmente o baixo custo e fácil acesso para a população. Teremos total controle sobre a matéria-prima que será cultivada e transformada em medicamento, garantindo qualidade, segurança e eficácia ao paciente", finaliza o fundador da GFB.