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- Categoria: Saúde
- By Fábio Reis
O que foi o Programa Mais Médicos?
Conheça os objetivos, resultados e polêmicas do programa que levou mais médicos, que segundo estudos levou saúde as áreas carentes do Brasil, também confira dados sobre aprovação do programa pela população e estudos sobre sua eficácia.
O Programa Mais Médicos foi lançado em 2013 pelo governo federal brasileiro com o objetivo de levar atendimento médico a áreas mais remotas e carentes do país, onde havia falta de profissionais da saúde. O programa foi criado para atender a uma demanda que já existia há anos, especialmente em regiões mais pobres e rurais do Brasil.
O programa Mais Médicos contou com a participação de profissionais da saúde de diferentes nacionalidades, mas a maioria dos médicos era de Cuba. Os médicos cubanos foram trazidos ao Brasil por meio de um acordo firmado entre os governos brasileiro e cubano. O programa também permitiu a participação de médicos brasileiros e estrangeiros formados no exterior, que podiam se inscrever para participar do programa.
Ao todo, cerca de 18 mil médicos participaram do programa Mais Médicos, atendendo cerca de 63 milhões de pessoas em todo o Brasil. Segundo dados do Ministério da Saúde, o programa ajudou a reduzir a mortalidade infantil em áreas mais carentes, além de melhorar o acesso da população a serviços de saúde básica.
Apesar de ter sido amplamente elogiado pela população e por especialistas em saúde pública, o programa Mais Médicos também foi alvo de polêmicas. Uma delas envolveu os sindicatos e conselhos de medicina, que se opuseram à participação de médicos estrangeiros no programa. Eles argumentaram que os médicos estrangeiros não estavam aptos para atuar no Brasil e que o programa seria prejudicial à saúde da população.
Outra polêmica envolveu as condições de trabalho dos médicos cubanos. Muitos argumentaram que os médicos cubanos eram submetidos a condições precárias de trabalho e que não recebiam salários compatíveis com sua qualificação.
O programa Mais Médicos acabou em 2018, após o governo federal anunciar mudanças nas regras do programa que desagradaram aos médicos cubanos. O governo cubano decidiu então retirar seus médicos do programa, o que levou a uma queda no número de profissionais atuando em áreas carentes.
Apesar das polêmicas, estudos e pesquisas mostraram que o programa Mais Médicos teve um impacto positivo na saúde pública do Brasil. Uma pesquisa realizada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) mostrou que o programa ajudou a reduzir a mortalidade infantil em áreas carentes. Outro estudo, realizado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), mostrou que o programa ajudou a aumentar o acesso da população a serviços de saúde básica.
Segundo pesquisas de opinião, o programa Mais Médicos foi aprovado pela grande maioria da população brasileira. Uma pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha em 2018 mostrou que 85% dos brasileiros aprovavam o programa. A pesquisa mostrou ainda que a população considerava o programa como uma medida importante para melhorar o acesso à saúde pública em áreas mais carentes do país.
Em resumo, o programa Mais Médicos foi uma iniciativa importante para a melhoria da saúde pública no Brasil, especialmente em áreas carentes. Apesar das polêmicas envolvendo o programa, a população brasileira aprovou o programa e reconheceu sua importância na melhoria do acesso à saúde básica. O fim do programa mais médicos (primeira etapa de 2013 a 2018) trouxe incertezas sobre o futuro da saúde pública no Brasil.
O novo ministério da saúde, comandado por Nísia Trindade, promete retornar com força total o programa mais médicos.
Governo relança programa Mais Médicos nesta segunda (20/3/2023)
O governo relança, nesta segunda-feira (20), o programa Mais Médicos para o Brasil. A cerimônia será às 11h, no Palácio do Planalto, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da ministra da Saúde, Nísia Trindade.
De acordo com o governo, a iniciativa vai ampliar o acesso ao atendimento médico no país, principalmente nas regiões de extrema pobreza e vazios assistenciais.
No último sábado (18), o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, Paulo Pimenta, escreveu no Twitter que além de ampliar o número de profissionais da saúde, o programa vai melhorar o Sistema Único de Saúde (SUS), com investimentos em construção e reforma de unidades básicas.
Na mesma publicação, Pimenta lembrou que o programa, criado pela então presidente Dilma Rousseff, “chegou a ser responsável por 100% da atenção primária em 1.039 municípios, contratou mais de 18 mil profissionais e beneficiou 63 milhões de brasileiros. “O desmonte do programa, nos últimos anos, mostra o descaso que sofreu o SUS”, acrescentou. No novo formato, a expectativa é que sejam anunciados incentivos de permanência dos profissionais nos municípios.