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- Categoria: Saúde
- By Ministério da Saúde
Ministério da Saúde lança Movimento Nacional pela Vacinação
Iniciativa visa mobilizar toda população para que o Brasil volte a ser referência em altas coberturas vacinais. Índices de imunização caíram nos últimos anos, o que aumenta o risco de doenças
O Ministério da Saúde lança, nesta segunda-feira (27), o Movimento Nacional pela Vacinação com o objetivo de retomar as altas coberturas vacinais do Brasil. Com a mensagem “Vacina é vida. Vacina é para todos”, a mobilização inclui vacinação contra a Covid-19 e outros imunizantes do Calendário Nacional de Vacinação em várias etapas. Essa ação é uma das prioridades do governo federal para reconstrução do Sistema Único de Saúde (SUS), da confiança nas vacinas e da cultura de vacinação do país.
Na primeira etapa, a vacinação será com doses de reforço bivalentes contra a Covid-19 em pessoas com maior risco de desenvolver formas graves da doença. Neste primeiro momento, serão vacinados idosos acima de 70 anos, pessoas imunocomprometidas, funcionários e pessoas que vivem em instituições permanentes, indígenas, ribeirinhos e quilombolas. Cerca de 18 milhões de brasileiros fazem parte desse grupo e o Ministério da Saúde distribuiu cerca de 19 milhões de doses de vacinas Covid-19 para todos os estados e o Distrito Federal.
Em seguida, conforme o avanço da campanha e o cronograma de entrega de doses, outros grupos serão vacinados, como as pessoas entre 60 e 69 anos, as pessoas com deficiência permanente, os trabalhadores da saúde, gestantes e puérperas e a população privada de liberdade. Esses grupos precisam ficar atentos às informações de seus municípios para saber o momento de procurar uma unidade de saúde.
É importante reforçar que, para quem faz parte do público-alvo, é necessário ter completado o ciclo vacinal para receber a dose de reforço bivalente, respeitando um intervalo de quatro meses da última dose recebida. Já quem ainda não completou o ciclo vacinal ou está com alguma dose em atraso, pode procurar uma unidade de saúde para se vacinar, mesmo que não esteja no grupo prioritário.
A pasta segue em tratativas para garantir as entregas de vacinas dos laboratórios fabricantes, diante do desabastecimento deixado pela gestão passada. Novos envios de doses ocorrerão gradualmente, conforme o avanço da vacinação no público-alvo planejado. Os estados e municípios que completaram a imunização de determinado público prioritário e tiverem disponibilidade de doses, poderão avançar na vacinação para os próximos grupos.
Na segunda etapa, prevista a partir de março, o reforço da vacinação contra Covid-19 será focado em toda população acima de 12 anos e para as crianças e adolescentes. Já em abril, começa a quarta etapa com campanha da Influenza e, a partir de maio, a quinta etapa terá chamamento para atualização de caderneta de vacinação com as vacinas de todo o Calendário Nacional de Vacinação, com ações nas escolas do país.
Para atingir a meta de 90% de cobertura vacinal em todos os grupos, o Ministério da Saúde está reconstruindo a relação plena com as sociedades científicas e o diálogo com estados e municípios em uma lógica interfederativa na tomada de decisões.
Os índices vacinais sofreram quedas drásticas nos últimos anos, agravadas com a falta de incentivo e campanhas do governo passado. O Brasil, considerado um país pioneiro e referência internacional em campanhas de vacinação, vem apresentando retrocessos nesse campo e praticamente todas as coberturas vacinais estão abaixo da meta, o que aumenta o risco de reintrodução de doenças que já foram eliminadas, como a poliomielite.
É importante ressaltar que, para todas as estratégias de vacinação propostas, o comprometimento e união da sociedade serão essenciais para que as campanhas tenham efeito. O objetivo é esclarecer a população sobre a importância, eficácia e segurança das vacinas e os riscos de adoecimento e morte das pessoas não vacinadas, além da reintrodução de vírus já erradicados no Brasil.
Zé Gotinha, o maior símbolo da vacinação no Brasil
O maior símbolo da vacinação no Brasil, o Zé Gotinha, abriu o desfile das campeãs da Sapucaí no último sábado (25), marcando o início do Movimento Nacional pela Vacinação. A ministra da Saúde, Nísia Trindade, acompanhou o desfile.
Pesquisadora Margareth Dalcolmo é a embaixadora da vacinação no Brasil
A presidente da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT) e pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Margareth Dalcolmo, é a nova embaixadora do movimento nacional pela vacinação. O anúncio foi feito pela ministra Nísia Trindade no dia 16 de fevereiro.
Margareth, médica pneumologista, é considerada uma das principais especialistas na área da saúde e referência no combate à Covid-19. Estudiosa de doenças pulmonares, foi uma das pioneiras na luta contra o tabagismo no Brasil.
Doutora em Medicina pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Margareth é a nona mulher a se tornar membro da Academia Nacional de Medicina.
Com mais de 120 artigos científicos publicados, sobretudo na área de doenças infectocontagiosas, ela é defensora aguerrida da ciência, das vacinas e do Sistema Único de Saúde (SUS).
Durante o encontro, Margareth disse que nunca foi tão importante investir e recuperar a tradição de manter a população brasileira com todas as vacinas disponíveis no SUS.
“Não podemos esquecer de levar nossas crianças, jovens e idosos. Vamos recuperar a confiança que marcou nosso Programa Nacional de Imunizações (PNI), sempre vitorioso e que merece todo nosso respeito. Vamos correr para vacinar”, conclamou a nova embaixadora.
Fonte: Ministério da Saúde