PFARMA PFARMA
  • Home
  • Notícias
    • Mercado
    • Carreira
    • Legislação
    • Estudos e Pesquisas
    • Eventos
    • Saúde
    • Cannabis Medicinal
  • Blog
  • Emprego
  • Estágio
  • Alertas
  • Seleções
    • Trainee
    • Mestrado | Doutorado
    • Residência Farmácia
    • Docente Farmácia
    • Concursos
Detalhes
Categoria: Coronavírus | covid-19
By Fábio Reis
Fábio Reis
04.Jun

Coronavírus é capaz de infectar as células do coração

miocardio coracao

Descoberta feita por pesquisadores da USP permitirá usar cardiomiócitos obtidos a partir de células-tronco humanas para testar o potencial de fármacos no tratamento da COVID-19 e de outras doenças que afetam o coração.

 

 

Estudo desenvolvido na Universidade de São Paulo (USP) mostrou que o novo coronavírus (SARS-CoV-2) é capaz de infectar as células que formam o músculo cardíaco, também conhecidas como cardiomiócitos. A descoberta permitirá aprimorar os modelos celulares usados para testar o potencial de fármacos no tratamento da COVID-19 e de outras doenças que afetam o coração.

A pesquisa envolve cientistas do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB-USP) e do Instituto de Biociências (IB-USP), que já vinham testando desde março diferentes medicamentos em linhagens de células Vero – originárias de rins de macaco – infectadas pelo SARS-CoV-2.

Segundo Lúcio Freitas Junior, coordenador da Plataforma de Triagem Fenotípica do ICB-USP, um dos fatores que limitam as pesquisas que buscam analisar a interação do vírus com as células é a dificuldade de obter modelos celulares humanos. Como o comportamento do vírus pode variar em diferentes tipos celulares e organismos, o ideal é usar células humanas que sejam relevantes para o estudo de patógenos causadores de doenças em humanos, como o SARS-CoV-2.

“O processo de obtenção e diferenciação das células humanas primárias é mais trabalhoso e custoso do que a utilização de linhagens imortalizadas – normalmente derivadas de tumores, no caso de células humanas. O SARS-CoV-2 parece infectar pouco as células de linhagens imortalizadas humanas em comparação com as células Vero de macaco", explica o pesquisador.

Os cardiomiócitos usados nos testes foram obtidos com pesquisadores do Laboratório Nacional de Células-Tronco Embrionárias (LaNCE) do ICB-USP, coordenado pela professora Lygia da Veiga Pereira. O grupo produz modelos celulares mais próximos das condições fisiológicas do ser humano. “Eles usam linhagens de células-tronco pluripotentes humanas derivadas de doadores adultos. Essas células são tratadas com diferentes fatores para se especializarem em diferentes tipos celulares, como os cardiomiócitos”, diz Freitas Junior.

 

Vantagens

O uso de células humanas primárias para testar a eficácia de medicamentos contra o novo coronavírus pode otimizar a pesquisa e diminuir a espera para ensaios em humanos. Além disso, é possível estudar a interação do patógeno com diferentes tipos celulares e avaliar se a atividade de fármacos candidatos é a mesma em diferentes células. O laboratório está padronizando os ensaios, e os experimentos iniciais ocorrerão nas próximas semanas.

Uma vez identificados os medicamentos com potencial para combater o SARS-CoV-2, os resultados serão avaliados com especialistas clínicos para estudos preliminares em humanos. No entanto, ainda não é possível estimar quanto tempo levará até essa próxima etapa.

Os cardiomiócitos também estão sendo usados em estudos voltados ao desenvolvimento de novos fármacos para o tratamento da doença de Chagas, em parceria com o DNDi (Iniciativa Medicamentos para Doenças Negligenciadas, em português). Segundo Jadel Müller Kratz, gerente de P&D da DNDi América Latina, ainda existe uma lacuna importante na ciência translacional da doença de Chagas. “O desenvolvimento de ensaios in vitro e in vivo inovadores é crucial. Os programas de descoberta de medicamentos para a doença de Chagas se beneficiariam muito de ensaios com células humanas que tivessem um poder preditivo maior e aumentassem as chances de sucesso na transição da pesquisa pré-clínica para a pesquisa clínica [em humanos]. Nesse momento, não é possível garantir que o uso de cardiomiócitos humanos vai trazer esse impacto positivo, mas avaliar essa possibilidade é o nosso objetivo”, diz.

A Plataforma de Triagem Fenotípica do ICB também tem trabalhado com o grupo do professor Marcos Buckeridge, do IB, para avaliar os efeitos de partículas de poluição encontradas na atmosfera da capital paulista nas infecções celulares por coronavírus. Com a chegada do inverno, a qualidade do ar de São Paulo e de diversas outras grandes cidades brasileiras tende a piorar, com o aumento da concentração de poluentes. O grupo busca entender qual é o impacto desses poluentes na infecção pelo SARS-CoV-2.

 

* Com informações da Assessoria de Comunicação do ICB-USP.
Por Agência FAPESP

 

 

  • coronavirus
  • coronavirus
Artigo anterior: Grupo Tapajós inicia a oferta de testes rápidos para COVID-19 nas farmácias Grupo Tapajós inicia a oferta de testes rápidos para COVID-19 nas farmácias Próximo artigo: Farmácias podem vender máscaras de tecido Farmácias podem vender máscaras de tecido

Novos conteúdos

  • Estudo da Interfarma revela que pacientes brasileiros esperam mais de dois anos para ter acesso a medicamentos inovadores
    Estudo da Interfarma revela que pacientes brasileiros esperam mais de dois anos para ter acesso a medicamentos inovadores
    Mercado Farmacêutico 09.Out
  • Empreendedor dá novo rumo à farmácia de 70 anos ao integrar-se à rede FarMelhor
    Empreendedor dá novo rumo à farmácia de 70 anos ao integrar-se à rede FarMelhor
    Mercado Farmacêutico 09.Out
  • Abbott recebe aprovação regulatória para seu primeiro biossimilar no Brasil, expandindo acesso ao tratamento do câncer
    Abbott recebe aprovação regulatória para seu primeiro biossimilar no Brasil, expandindo acesso ao tratamento do câncer
    Mercado Farmacêutico 08.Out
  • Eurofarma é finalista no Prêmio BandNews Marcas Mais Admiradas 2025
    Eurofarma é finalista no Prêmio BandNews Marcas Mais Admiradas 2025
    Mercado Farmacêutico 08.Out
  • Anvisa aprova benralizumabe para tratamento de granulomatose eosinofílica com poliangeíte, um tipo raro de vasculite
    Anvisa aprova benralizumabe para tratamento de granulomatose eosinofílica com poliangeíte, um tipo raro de vasculite
    Mercado Farmacêutico 08.Out
  • Pela primeira vez, Correios terá uniforme rosa em parceria inédita com a AstraZeneca na campanha de Outubro Rosa “Com Apoio, a Vida Segue”
    Pela primeira vez, Correios terá uniforme rosa em parceria inédita com a AstraZeneca na campanha de Outubro Rosa “Com Apoio, a Vida Segue”
    Mercado Farmacêutico 08.Out
  • Pacientes com depressão com sintomas de ansiedade contam com novos tratamentos que podem apresentar menos efeitos adversos
    Pacientes com depressão com sintomas de ansiedade contam com novos tratamentos que podem apresentar menos efeitos adversos
    Mercado Farmacêutico 07.Out

Mais lido

  • Reportagem do Fantástico sobre genéricos provoca manifestações  de entidades farmacêuticas
    Reportagem do Fantástico sobre genéricos provoca manifestações de entidades farmacêuticas
    30.Jan
  • Como é calculada a dose do medicamento infantil?
    Como é calculada a dose do medicamento infantil?
    17.Abr
  • Abuso no uso de pílulas do dia seguinte
    Abuso no uso de pílulas do dia seguinte
    28.Fev
  • Resolução - RDC Nº 44/09 Anvisa
    Resolução - RDC Nº 44/09 Anvisa
    21.Ago
  • Anvisa RDC 20/2011 Controle de Medicamentos Antimicrobianos
    Anvisa RDC 20/2011 Controle de Medicamentos Antimicrobianos
    09.Mai
  • Especial RDC 44/2010 - Antibióticos
    Especial RDC 44/2010 - Antibióticos
    28.Out

Institucional

  • Quem somos
  • Contato
  • Politica de Privacidade
  • Política de Cookie
  • Mapa do Site

Especial

  • Coronavírus
  • Dengue
  • Farmacêutico

PFARMA é um portal de utilidade pública sem fins lucrativos