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- Categoria: Mercado Farmacêutico
- By Fábio Reis
Libbs produzirá primeiro anticorpo monoclonal do Brasil
A Libbs Farmacêutica recebeu aprovação da Anvisa para o registro do medicamento Vivaxxia, primeiro medicamento de anticorpo monoclonal produzido no Brasil. Esse é o primeiro de um total de seis medicamentos biológicos que estão sendo desenvolvidos pela Libbs com financiamento de R$ 261 milhões da Finep.
Os novos fármacos do tipo “anticorpos monoclonais” (biossimilares) estão na vanguarda mundial e representam uma alternativa promissora de tratamento do câncer e de doenças autoimunes. “O fato de estarmos produzindo esses medicamentos no Brasil, torna-os acessíveis a mais pessoas, ao mesmo tempo em que reduz a dependência tecnológica e a vulnerabilidade do país em relação ao mercado internacional”, afirma o superintendente da Área de Inovação da Finep, Rodrigo Seccioso.
O Plano de Inovação da Libbs, apoiado pelo Programa Inova Saúde, lançado pela Finep em 2013, permitiu à farmacêutica a inserção na seleta cadeia de empresas mundiais com capacidade de desenvolver e produzir medicamentos inovadores de alto valor agregado, utilizando a rota biológica. O apoio da Finep tem se dado tanto nas etapas preliminares do P&D de bancada, como nas etapas intermediárias do ciclo de validação regulatória (estudos clínicos em suas diversas fases) e na capacitação da infraestrutura produtiva (nas escalas piloto e industrial).
No que concerne às políticas públicas de saúde, o desenvolvimento de medicamentos biológicos pela indústria nacional é extremamente prioritário para o Ministério da Saúde, já que os elevados custos de importação desses medicamentos têm causado impacto significativo na balança comercial brasileira. Também por isso, a Libbs, em parceria com o Instituto Butantan, foi incluída no programa de Parcerias de Desenvolvimento Produtivo (PDP’s) do Ministério da Saúde.
“O registro do Vivaxxia é a prova de que o Brasil tem condições de produzir medicamentos de anticorpos monoclonais biossimilares seguros e eficazes. Isso representa um salto tecnológico para o país, amplia o acesso da população a medicamentos complexos e estimula a competitividade do mercado”, explica Marcia Bueno, diretora de Relações Institucionais da Libbs.
Segundo a executiva, a Libbs está apta a atender aos mais exigentes requisitos de órgãos regulatórios nacionais e internacionais – “o que faz da nossa fábrica uma plataforma de desenvolvimento, produção e exportação de biofármacos”.
Sobre a Biotec
A construção da Biotec começou em 2013, mas a trajetória necessária para tornar esse sonho real começou muito antes. “No início, foi difícil convencer os pesquisadores de que seria possível produzir medicamentos biológicos no Brasil. Mas o maior desafio foi fazer tanta coisa nova acontecer em pouco tempo”, relembra nosso presidente, Alcebíades Junior.
Para executar um projeto tão complexo, contamos com frentes paralelas, que envolveram desde obras civis a parcerias tecnológicas e realização de estudos clínicos nacionais e internacionais. Para isso, contamos com a mAbxience, farmacêutica espanhola do grupo Chemo, que ajudou na transferência da tecnologia de produção dos biossimilares.
Com informações da Finep e do site institucional da Libbs
Imagem: divulgação Libbs.