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- Categoria: Saúde
- By Fábio Reis
Fiocruz e UFMG formam coalizão com China e Reino Unido para combater a COVID-19
Colaboração vai incluir aspectos como protocolos de tratamento e de saída da quarentena; parceiras internacionais são a Hust e a Queen Mary University (Pesquisadoras da Queen Mary University: contribuição em genética e farmacologia)
A UFMG, a Fundação Oswaldo Cruz, a Queen Mary University (QM, do Reino Unido) e a Huazhong University of Science and Technology (Hust, da China) entraram em acordo para a formação de uma coalizão destinada à troca de informações científicas sobre o combate à Covid-19. O objetivo, do ponto de vista das instituições brasileiras, é acelerar o processo de obtenção de informações que podem ser cruciais para tornar mais eficientes os esforços feitos no país para salvar vidas e mitigar os efeitos da pandemia provocada pelo Sars-CoV-2, o novo coronavírus.
Segundo o diretor de Relações Internacionais da UFMG, Aziz Tuffi Saliba, que representa a Universidade nas negociações iniciais, a QM, que tomou a iniciativa da coalizão, e a Hust são fortes parceiras da UFMG. “A Hust é sediada na cidade de Wuhan, onde teve início a pandemia, e tem acumulado conhecimento e experiências importantes. A Queen Mary e a Fiocruz são referências na área de saúde, e a UFMG vai somar esforços com essas instituições, por meio de pesquisas de excelência em áreas como genética e microbiologia”, salienta.
O acordo de colaboração prevê discussão sobre mecanismos de proteção dos profissionais de saúde, e a pergunta central é se há evidências de que uma alta carga viral tem papel relevante na gravidade da doença. As instituições do Brasil e do Reino Unido também têm especial interesse em conhecer a fundo ensaios de tratamento em andamento e protocolos que foram utilizados, com e sem sucesso, no tratamento de doentes, já nos estágios finais da epidemia em Wuhan.
Segurança para sair da quarentena
“A experiência dos chineses será ainda de grande valia para que Brasil e Reino Unido estabeleçam medidas de segurança para o processo de saída do período de quarentena, considerando que parte da população ainda será formada por infectados assintomáticos”, explica Aziz Saliba. Ele acrescenta que a Queen Mary University já desenvolve pesquisas que visam descobrir se há características genéticas que tornam algumas pessoas mais suscetíveis a consequências mais severas da infecção. Os estudos estão concentrados, por ora, nos profissionais de saúde. A Universidade é referência em farmacologia e terapias inovadoras.
Ainda de acordo com o diretor de Relações Internacionais, a ideia é que, em um segundo momento, outras universidades brasileiras próximas a instituições chinesas se juntem a esse esforço de produção conjunta de conhecimento capaz de dar suporte às decisões em diversos campos, no combate à pandemia de Covid-19.
Outra parceira importante da UFMG no país asiático, a Renmin University of China, já foi contatada pela Diretoria de Relações Internacionais com vistas à cooperação nas áreas de ciências humanas e sociais. “Além de produzir ciência com excelência, a China está na frente do Brasil no que diz respeito aos estágios epidemiológicos da Covid-19”, afirma Aziz Saliba. “O Brasil tem muito a se beneficiar da colaboração nesse momento grave. No caso particular da UFMG e de outras universidades, será criada a oportunidade de cooperação internacional em alto nível após a superação da Covid-19."
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