Entenda como o clima nessa época do ano afeta a respiração, causando desconforto e mal-estar principalmente em crianças e idosos, e o que fazer para aliviar os sintomas.

Com a frente fria e proximidade do Inverno, cresce a preocupação de quem sofre com doenças respiratórias. Nessa época do ano, os casos de gripes, rinites, asmas e outras viroses podem aumentar em até 40%, de acordo com diversas Secretarias Municipais de Saúde. A queda nas temperaturas, a oscilação climática e a baixa umidade do ar contribuem para esse cenário, além de favorecerem o acúmulo de poluentes na atmosfera.

De acordo com a Dra. Priscila Osorio, imunologista e alergologista da Clínica Felippe Mattoso e Labs a+ , as doenças respiratórias comuns nesse período variam desde sintomas mais leves, como dor no corpo, dor de cabeça, cansaço, tosse, coriza e febre, até quadros mais graves, como pneumonia e insuficiência respiratória. “O diagnóstico é, na maioria das vezes, clínico, com consulta médica, além de exames físicos. Em alguns casos, exames laboratoriais e de imagem também são indicados”, explica.

As doenças respiratórias, segundo a especialista, podem ser divididas em dois grupos: as infecciosas e as crônicas das vias aéreas. “As infecciosas são causadas por vírus ou microrganismos que atingem o sistema respiratório, como gripes, resfriados, sinusite e pneumonia. Já as crônicas incluem condições como rinite alérgica e asma, que estão ligadas a processos alérgicos e inflamatórios”, detalha a médica.

O tratamento irá depender da gravidade do caso. Sintomas leves geralmente são controlados com medicamentos para febre e dor, enquanto quadros mais graves exigem atenção médica e terapias específicas. A prevenção, no entanto, começa com hábitos simples: manter uma alimentação equilibrada, hidratar-se bem, evitar locais fechados e aglomerações, e reduzir o contato com pessoas doentes.

Outro ponto de atenção é o clima seco, comum nesta temporada. “Com o ar mais seco, o muco das vias respiratórias pode ficar desidratado e espesso, favorecendo o ambiente para alérgenos, vírus e bactérias. A secreção nasal tem a função de proteger as vias áreas e, quando há alterações na consistência, a eliminação dos microrganismos é afetada. Com isso, as alergias ficam mais frequentes e as bactérias e vírus conseguem se multiplicar com facilidade. É importante beber bastante água e, se necessário, utilizar soro fisiológico para hidratar as narinas”, ressalta a especialista.

No caso da gripe, a vacina é uma grande aliada para a prevenção. “Por se tratar de um vírus com transmissão respiratória, de fácil contágio e que sofre mutações com facilidade, é imprescindível manter a imunização em dia. O ideal é que a dose seja tomada anualmente, já que as cepas virais contidas na vacina são modificadas a cada ano. O Outono é a estação ideal para se vacinar, visto que precede um período em que há alta incidência de viroses respiratórias e buscas por atendimentos emergenciais. É indicado que a pessoa esteja imunizada antes da época de maior circulação do vírus, ou seja, o Inverno”, frisa a Dra. Priscila.